Expressionismo
Surgimento
Em oposição ao
Impressionismo, o Expressionismo surge no final do século XIX com
características que ressaltam a subjetividade. Neste movimento, a intenção do
artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma que é
visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida,
o subjetivismo da expressão.
História e
características
Seu marco ocorreu na Alemanha, onde atingiu
vários pintores num momento em que o país atravessava um período de guerra. As
obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico e as denúncias
sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência de um mundo
melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão,
ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que
politicamente isto era o que menos interessava.
O principal precursor
deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo
único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do
expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico
Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda
muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta
manifestação artística. Outro importante pintor expressionista foi o
norueguês Edvard Munch, autor da conhecida obra O Grito.
Além de sua forte
manifestação na pintura, o expressionismo foi marcante também em outras manifestações
artísticas, tais como: literatura, cinema, teatro, etc. Na literatura,
há muitas obras que refletem a crise de consciência que tomou conta da
sociedade antes e depois da Primeira Guerra Mundial.
Na década de 40,
surge o expressionismo abstrato, este movimento foi criado em Nova York por
pintores como Pollock, de Kooning e Rothko. Aqui os estilos eram bem variados e
buscavam a liberação dos padrões estéticos que até então dominavam a arte
norte-americana.
Expressionismo no
Brasil
Em nosso país o
movimento também foi importante. Podemos destacar, nas artes plásticas, os
artistas expressionistas mais importantes: Candido Portinari, que retratou em suas telas a migração
do povo nordestino para as grandes cidades e a vida dos agricultores, operários
e desfavorecidos.
Outros representantes
do expressionismo brasileiro:
- Anita Malfatti - pode ser considerada a
artista que introduziu as vanguardas européias em território brasileiro.
Retratou em suas obras retratos nus, cenas populares cotidianas e paisagens.
Usou cores fortes e violentas em suas obras.
- Lasar Segall -
é considerado o primeiro artista a introduzir o expressionismo alemão em
território sul-americano. Uma de suas obras mais conhecidas é "Emigrante
Navio" de 1939.
- Osvaldo Goeldi
(autor de diversas gravuras).
As peças teatrais de
Nélson Rodrigues apresentam significativas características do expressionismo.
Cubismo
Origem
Este movimento
artístico tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais influente
deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes,
por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que
primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A
imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde oRenascimento, deu lugar a esta nova forma de
expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo
tempo.
História movimento
cubista
O marco inicial do
Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon,
pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Nesta
obra, este grande artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma
inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a
figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso,
quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como,
por exemplo, o ex-fauvista francês – Georges Braque – há uma forte influência
das esculturas africanas e também pelas últimas pinturas do pós-impressionista
francês Paul Cézanne, que retratava a natureza através de formas bem próximas
as geométricas.
Historicamente o
Cubismo se dividiu em duas fases: Analítico, até 1912, onde a cor era moderada
e as formas eram predominantemente geométricas e desestruturadas pelo
desmembramento de suas partes equivalentes, ocorrendo, desta forma, a
necessidade de não somente apreciar a obra, mas também de decifra-la, ou
melhor, analisa-la para entender seu significado. Já no segundo período, a
partir de 1912, surge a reação a este primeiro momento, o Cubismo Sintético,
onde as cores eram mais fortes e as formas tentavam tornar as figuras novamente
reconhecíveis através de colagens realizadas com letras e também com pequenas
partes de jornal.
Na Europa está o
maior número de artistas que se destacaram nesta manifestação artística, entre
eles os mais conhecidos além dos precursores Pablo Picasso e Braque são: Albert
Gleizes, Fernand Léger, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Robert Delaunay,
Roger de La Fresnaye, e Juan Gris.
Fases do Cubismo:
- Cubismo cézanniano
(entre os anos de 1907 e 1909) - é a fase que dá início ao Cubismo. Período
marcado pela forte presença das obras de Paul Cézanne.
- Cubismo Analítico
(entre os anos de 1910 e 1912) - fase marcada pela união dos trabalhos criados
separadamente por Picasso e Braque.
- Cubismo Sintético
(entre os anos de 1913 e 1914) - fase marcada pelo uso de formas decorativas e
cores marcantes.
Cubismo no Brasil
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento
cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com
características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores
brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características
do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas:
Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.
Autorretrato
Dá-se o nome de autorretrato, quando o retratista procura descrever o seu aspeto e o seu carácter, revelando o quecaptou da expressão mais profunda de si mesmo. O autorretrato constitui um exercício que permite revelar traços docriador artista. O mestre da pintura holandesa Rembrandt (1606-1669), através dos seus auto-retratos, permite, porexemplo, conhecer o percurso da sua vida, desde a juventude à velhice, mostrando-nos o homem de vontadeindomável, mas solitário.
No autorretrato, o artista procura mostra-se (ou descobrir-se) de uma forma mais nítida, mais verdadeira e pode mesmonão gostar daquilo que vê, pode não aprovar, e, por isso, pode modificar a imagem que de si encontrou.
Assim, um autorretrato é um retrato, uma imagem, que o artista se faz de si mesmo. Muito usado na pintura, naliteratura ou na escultura, o autorretrato nem sempre representa a imagem real da pessoa, mas sim como o artista sevê: aceita e assume ou tenta mudar e isso depende de cada pessoa ou mesmo de cada momento.
No autorretrato, o artista procura mostra-se (ou descobrir-se) de uma forma mais nítida, mais verdadeira e pode mesmonão gostar daquilo que vê, pode não aprovar, e, por isso, pode modificar a imagem que de si encontrou.
Assim, um autorretrato é um retrato, uma imagem, que o artista se faz de si mesmo. Muito usado na pintura, naliteratura ou na escultura, o autorretrato nem sempre representa a imagem real da pessoa, mas sim como o artista sevê: aceita e assume ou tenta mudar e isso depende de cada pessoa ou mesmo de cada momento.
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